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segunda-feira, 23 de abril de 2012

'Minha querida' nem à troca de lagosta!!

Pois que eu sou uma piegas, admito. Tão piegas que o esposo só me levou a sério depois de ver o braço negro. No entanto e porque têm de ser feitas, decidi experimentar fazer as análises num laboratório mais perto de casa.  Não sei o porquê de não fugir a sete pés ao ver que a sala de espera estava às moscas... ou quando a senhora analista me pareceu um pouco 'instável' logo após termos trocado duas frases... Armada em dura decidi avançar. Erro. Pelo sim pelo não avisei a senhora de que sou um bocadinho sensível às agulhas como quem pede cuidadinho!! Em vão pois foi a senhora quem ficou histérica e para mim foi muito estranho tentar manter a calma num laboratório com este cenário, ainda assim mantive e avancei. Erro. Espetou a agulha não me doeu, portanto não me pronunciei... ela decidiu encetar um diálogo ( mais um monólogo ) em altos berros, como se o facto de me deixar surda servisse de anestesia. Então e no meio dos altos berros da senhora comecei a sentir que ela me espremia o braço de cima para baixo, como quem espreme sumo a limões, talvez na esperança de tornar a coisa mais rápida. Queixei-me de que me estava a magoar, é que estava mesmo e nunca na vida me tinha acontecido tal coisa!! E a senhora teve a grande lata de me dizer num tom que supostamente devia ter graça, que eu sou muito mimada!! Talvez seja, que bom para mim. Mas não estou a exagerar se disser que fiquei com o braço dorido ao ponto de não conseguir dormir para esse lado e que nem a senha para o pequeno almoço à borla no café do lado me fará lá voltar, nem um jantar num restaurante classificado com três estrelas Michelin. Na verdade nada me fará lá voltar. Prefiro o meu braço mimado sem hematomas desnecessários.